É na intensidade que eu vivo... É na chama que eu me alimento! É num cantinho acolhedor, que energizo e me sustento! SoninhaBB

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Viver é aceitar docemente e com paciência, o novo surgindo cheio de vida, como o delicioso aroma das manhãs.
♥ SoninhaBB ♥
Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira... se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem.
Caio F. Abreu

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FILHOS... AMOR ETERNO!

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sábado, 20 de julho de 2013

CARTA DO AUSENTE


Meus amigos, se durante meu recesso virem por acaso passar a minha amada peçam silêncio geral. 
 Depois apontem para o infinito. 
 Ela deve ir como uma sonâmbula, envolta numa aura de tristeza, pois seus olhos só verão a minha ausência. 
Ela deve estar cega de tudo o que seja o meu amor (esse indizível amor que vive trancado em mim num cárcere mirando empós seu rastro). 
Se for a tarde, comprem e desfolhem rosas à sua melancólica passagem, e se puderem entoem cantus-primus. 
 Que cesse totalmente o tráfego e silencie as buzinas de modo que se ouça longamente o ruído de seus passos. 
Ah, meus amigos, ponham as mãos em prece e roguem, não importa a que ser ou divindade por que bem haja a minha grande amada durante o meu recesso, pois sua vida é minha vida, sua morte a minha morte. 
Sendo possível soltem pombas brancas em quantidade suficiente para que se faça em torno a suave penumbra que lhe apraz. 
 Se houver por perto um hi-fi, coloquem o "Noturno em sí bemol" de Chopin. 
 E se porventura ela se puser a chorar, oh recolham-lhe as lágrimas em pequenos frascos de opalina a me serem mandados regularmente pela mala diplomática. 
Meus amigos, meus irmãos (e todos os que amam a minha poesia), se por acaso virem passar a minha amada salmodiem versos meus. 
Ela estará sobre uma nuvem envolta numa aura de tristeza o coração 
em luz transverberado. Ela é aquela que eu não pensava mais possível, 
nascida do meu desespero de não encontrá-la. 
 Ela é aquela por quem caminham as minhas pernas e para quem foram 
feitos os meus braços, ela é aquela que eu amo no meu tempo e que 
amarei na minha eternidade - a amada una e impretérita. 
Por isso procedam com discrição mas eficiência: que ela não sinta o seu caminho, e que este, ademais ofereça a maior segurança. 
Seria sem dúvida de grande acerto não se locomovesse ela de todo, 
de maneira a evitar os perigos inerentes às leis da gravidade e do momentum dos corpos, e principalmente aquele devidos à falibilidade dos reflexos humanos.  
Sim, seria extremamente preferível se mantivesse ela reclusa em andar térreo e intramuros num ambiente azul de paz e música. 
Oh, que ela evite sobretudo dirigir à noite e estar sujeita aos imprevistos da loucura dos tempos. 
Que ela se proteja, a minha amada contra os males terríveis desta ausência 
com música e equanil. 
 Que ela pense, agora e sempre em mim, que longe dela ando vagando pelos
jardins noturnos da paixão e da melancolia. 
 Que ela se defenda, a minha amiga, contra tudo que anda, voa, corre e nada; e que se lembre que devemos nos encontrar, e para tanto é preciso que estejamos íntegros, e acontece que os perigos são máximos, e o amor de repente de tão grande tornou tudo frágil, extremamente, extremamente
 frágil. 

Vinícius de Moraes

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